terça-feira, 27 de janeiro de 2009

ESCRAVIDÃO CONSENTIDA OU CRISTALIZAÇÃO DA IDEOLOGIA DO RECALQUE NAS GUERRA ENTRE NEGROS EM DEFESA DOS SEUS NOVOS DONOS


Os Negros dos Negros.

Nós os Negros, somos julgados,
Não pelo nosso caráter
Ou qualificações.
Mas pela cor de nossa pele
Pelas aparências
E religiões.
Quanto mais pretos
Mais discriminados somos.


Severo D’Acelino

Convencionou-se não muito distante aqui em Sergipe, os atrelamentos de negros a grupos do poder., principalmente aos políticos.

Evidentemente que a época do escravismo, muitos negros se cumpliciava aos brancos, contra os próprios negros, a única proposta era a sua condição identitária de negro acochados e em qualquer local que estivesse era identificado como tal ( é o negro de fulano)e isso lhe dava status e algumas vantagens sobre os demais.

Também era comum alguns negros, abandonarem seus antigos senhores e ir procurar outros para lhes comprarem e assim passava por uma alforria, na medida em que escolhia seu senhor.
O movimento negro sergipano já algum tempo, com a chamada esquerda festiva, onde o espaço de poder foi modificado com sua inclusão iniciou esse movimento adesista, onde políticos começaram a se cercar de negros e os manterem como sua tropa de choque.

São os negros de Ana Lúcia, os negros de Conceição Vieira, os negros de Gualberto, os negros de Wellington Mangueira, de Edvaldo Nogueira, os negros de Rosangela, os da Cepir , os negros dos Sindicatos,os negros de Jackson Barreto, os de Almeida Lima os negros do Pastor Antonio, os negros dos Secretários, os negros dos Vereadores, etc..etc. Esse movimento veio a fortalecer a prática dos grupos representados pelos Terreiros e entidades negras, tidas e havidas como territórios de determinados políticos.

O pré-requisito para ter a posse integral destes indivíduos e organizações, é estar no espaço de poder, distribuir benesses e ser patriarcalista e estar dispostos a ser traídos e abandonados, quando esses indivíduos e entidades, decidirem a buscar novos senhores, agindo do de dentro para do de fora, numa cristalização da ideologia do recalque e da violência inter-racial animando o auto-etnocídio.

O objetivo é o controle total e absoluto do manifesto e garantir contingente para pela força, destruir seus oponentes. Pela obediência cega, executar qualquer tarefa, pois como zumbis agem sem consciência, agem para desempenhar suas tarefas.


Era também comum entre nós, os próprios negros terem seus escravos, sejam de ganhos ou domésticos, o importante era ser donos de escravos. Os negros alforriados além de amarrarem os cadaços dos sapatos e dependurarem nos pescoços para a identificação visual de sua nova posição buscavam possuir escravos para formar seus plantéis e se incluir no espaço de poder capitalista.

Os negros nos espaços de poder de Brasília e dos demais Estados, cotejam seus iguais no sentido de formar o maior plantel, para fortalecer suas posições políticas e mobilizações nos partidos e nas partilhas e nisso produzem cisões como elemento estratégico os que não se associam, tem as cabeças cortadas e são perseguidos e excluídos dos direitos (projetos, empregos, etc) Está declarada a guerra racial, onde as tribos de todas as cores investe entre si para destruir uns aos outros e declarar seu veredicto. São os Negros que manipulam, vendem e alugam os negros, numa síndrome do negro PAXÁ o maior traficante de negros na história da humanidade.

“Há políticos que passam ao largo nesta questão, ainda não identifiquei os negros de Valadares, de Jorge Araújo etc. “Este movimento estratégico imperra o desenvolvimento da comunidade, pois a expressão” tanto pior melhor” foi cunhada para provocar terremoto e auferir lucros políticos e pessoais. È a forma de manter-se no poder e fazer reféns a organização e lideranças.

Nota-se as guerras fratricidas, as violências tribais e étnicas do Continente, se reproduzindo aqui, patrocinada por políticos desonestos que aliciam negros de mentalidades escravas e os colocam no comando como bois de piranhas e buchas de canhões, para depois posarem de salvadores da pátria, mas o rombo já foi feito.
Neste fluxo, vamos encontrar os negros de Ganhos, aqueles que prestam seus serviços a qualquer um. Os negros Agregados, aqueles que trabalham sem direitos e sem salários, só pelos espaços comida e acomodação. Os negros Forros, os que se libertaram da influência do poder e começam a pensar e construir suas interpretações, os negros Manes Gostosos os que servem de sacos de pancadas, assumindo a sujeira dos seus donos.....
Negros safados
Ladrões, Traidores
Que vivem do movimento negro
Traindo a comunidade
Se vendendo aos partidos
Por um cargo no governo
Promovendo seus projetos pessoais
E se alimentando da desgraça
da comunidade. Não são meus irmãos
Meus irmãos são os que se insurgem
Contra o mandarinato paternalista
Que impedem o coletivo crescer
Que impede a nossa liberdade de ser
Meus irmãos são os combatentes
São os defensores dos nossos Direitos
Coletivos, Constitucionais e legítimos
Meus irmãos são aqueles que defendem
O Coletivo da sanha dos políticos
desonestos
Esses Negros Safados Amigos do Poder
Que vivem chupando o sangue da comunidade
Enganando, violando e agredindo a todos
para se manter no poder.
Não são meus irmãos.
Para eles, o desprezos dos que servem
Pois eles sabem o quão Covardes são.



Negros quilombolas, os que afrontam o poder em busca de mudanças e sobre si recai todo aparato de perseguições e são sistematicamente caçados pelos negros Capitães dos matos, os mata cachorros dos senhores.
Esse negros são instados a não se relacionarem com os outros, estão sempre a espreitas para informar aos seus proprietários os movimentos dos demais. Espionando também traindo os seus pares para ficar bem na fita e promover suas mobilizações dentro do grupo de poder.
Essa estratégia já foi muita e bem utilizada pelos dominadores, trata-se de dividir para reinar, neste sentido estabelece o conflito auto gerido onde os negros de uns políticos ou uns detentores de cargos não se relacionam com outro, ou seja: Os negros de Conceição Vieira não se relacionam com os negros de Rosangela que por sua vez evitam os negros de Wellington que rejeita os negros de Edvaldo e não andam com os negros da Cepir que odeiam os negros de Ana Lúcia que evitam os negros de Gualberto e não freqüentam as ações das Entidades Negras assinaladas e excluídas pelos seus senhores, donos, proprietários. Que não vão para tal reunião e quando vão é só para espionar e rapidamente informar aos seus senhores.

Há outra forma de ação colocada em prática, são as demarcações das áreas das comunidades de Terreiro e Quilombolas, todas elas estão demarcadas por esse ou aquele político ou funcionário.

Nos terreiros há a prática da macumba, chegam os interessados e falam para os pais e mães de santo fazer um ebó para acabar com determinado líder, grupo ou entidade, aí os marcados recebem uma visita em sua área que deixam a chamada “mão cheia”, queimam a sua casa, escritório, sede etc.

Os políticos sempre investiram nos Terreiros, mas não como agora. Antes respeitavam os pais e mães de santos, hoje são seus donos e capachos, os exus hoje são os que mais recebem oferenda, há sempre um cerimonial para exu, seja galo, bode ou boi. Exu está sempre na berlinda ao ponto de não se saber a que não pertencem os terreiros, se Quimbanda ou Umbandomblé.

Todos os dias saem enviados de terreiros as repartições públicas em busca do deputado, secretário, vereadores, assessores etc., com mensagens de pais de santos pedindo favores e encaminhando lista para aquisição de materiais para os ebós e as festas.
O negro se destaca na ação da dinâmica política, mesmo tendo sua cultura folclorizada, há olhar dos simpatizantes, estudiosos e de uma gama de pessoas assumindo a identidade negra, independente de sua pele clara e tomando o lugar do negro em todas as instantancias de poder, principalmente a cultural e jurídica.

Hoje os terreiros tem nova tez, os pretos fogem e os brancos assumem seus lugares. Para a sobrevivência cultural é uma boa, mas para as raízes culturais é péssimo, uma vez que as seguidas reinterpretações de nossa cultura nos tornará irreconhecíveis.
A ótica do branco sobre a prática e desenvolvimento da cultura negra é ótica de branco, mesmo com o seu olhar negro, haverá sempre o referencial branco. Mas se hoje os brancos assim procedem é porque tem o respaldo dos negros ou simplesmente, para preservar o patrimônio que seus donos não sabem reconhecer o seu inestimável valor e assim procedendo esta politicamente é correto.

segunda-feira, 26 de janeiro de 2009

CONSTRANGIMENTO NO TERREIRO - A INSEGURANÇA E DESPREPARO DO CHEFE




Muita insegurança, vaidade e arrogância é o que encontramos nos terreiros de candomblés onde os pais de santos, despreparados se utilizam de expedientes para mostrar suas superioridades, constrangendo e desrespeitando os que lá vão, espontaneamente e ou por convite dos freqüentadores e filhos de santos.
Esse comportamento é para esconder suas falhas ou as falhas que acham que os assistentes vão perceber. Isso é insegurança, pois, cada casa tem seu modo de agir, ninguém está errado, cada um faz como sabe e como quer. Nem a mãe e ou pai de santos pode intervir no fazer da pessoa, para isso é que existe o livre arbítrio.
Utilizar da força, do vilipendio, da violência e dos filhos de santos para agredir pessoas em seu terreiro é uma falta grave. Uma descortesia enorme além de ser contra a tradição do candomblé e das relações humanas.
A agressão a qualquer pessoa em sua casa, seu terreiro é terrível, há outros meios de resolver as questões e não utilizar o vilipendio, força bruta, constrangimentos, para desqualificar as pessoas que deveria proteger, pois estão em seus territórios, seus domínios, mesmo que as ações sejam públicas.
É covardia quando se utiliza de violência, física, moral e psicológica para encobrir suas faltas, seus desesperos, medos e inseguranças para justificar o injustificável e ou ficar bem na foto e marcar ponto com os seus subordinados, transformando uma mentira em verdade, pela violência.
Já presenciei diversas manifestações de agravos nos terreiros de candomblé, já intervir diversas vezes para o equilíbrio da situação e até com a força policial já interferir no sentido de não provocar problemas de continuidade nas ações do terreiro, mesmo sabendo que a parte denunciante estava certa. Já presenciei agressões físicas em pessoas embriagadas assistente de terreiro por graduado do tal terreiro e inclusive já fui agredido moral e tive minha autoridade contestada mas a violência da agressão que recentemente passei em um terreiro, nunca fui vítima em mais de 50 anos de andanças.
Perguntei ao pai de santos se tinha algum problema eu fotografar o evento. Ele respondeu que não! Pedir ao meu acompanhante a máquina e posicionei para fotografar a quilo que determinei como Mandala dos Orixás,( era uma saída onde um parente próximo se incluía e, por sua causa, ali eu estava, atendendo a seu convite e de sua esposa, sendo inclusive transportado para ali por suas expensas. Três anos antes igualmente compareci para prestigiar a sua saída e na obrigação de três anos, mesmo cansado e não querendo sair, atendi ao seu convite) e cliquei uma foto e aí levantei para conseguir uma melhor posição, onde o Orixá do menino se destacava.
Neste momento ouvir uns gritos, era o pai de santo que vociferava, acompanhado de uma menina e outras pessoas que se colocavam a frente impedindo a minha visão. Fiquei assustado, pensando que havia acontecido alguma desgraça e foi quando escutei ele aos gritos perguntando se eu estava tirando fotos.
Olhei para ele e disse! – Oh Meu Velho! Você não disse que não tinha problema nenhum, eu não lhe pedir?
Eles então respondeu que não tinha dado nenhuma autorização e que ali não se tirava fotos e que eu apagasse o que tinha tirado que ele tinha satisfações para com o seu povo etc.
Respondi já sentado e entregando a máquina para o menino que estava comigo, que iria apagar.
Ele que estava sentado próximo a mim, foi no centro do barracão e pegou a iaô que estava dançando manifestada e colocou no lugar dele e pegou um banco e foi sentar distante em outro lugar.
A minha situação foi constrangedora, minha autoridade, foi desrespeitada, fui chamado de mentiroso publicamente, vilipendiado, desqualificado. Mas estranhamente fiquei tranqüilo, e acompanhei o xirê até o final, não demonstrando nenhuma irritação ou sentimentos constrangedores. Terminado a função veio um emissário do pai de santo para apagar as imagens e na violência, disse com voz calma e pausada que gostaria que eu fizesse a gentileza de apagar a imagem fotografada, pois a nação dele não aceitava que fotografias etc.
Respondi perguntando se ele sabia excluir a imagem que eu havia capturado, lhe falei da conversa que tive com o pai de santo e a sua permissão mas ela disse que a resposta que havia sido dada era não. Ato continuo mandei o menino pegar a maquina e quando fui pegar a máquina foi arrancada das minhas mão e imediatamente ligada para excluir a foto, tentei puxar para lhe mostrar a foto mas não obtive êxito e ele foi apagando o que era de lá e mais outras fotos, pele simples motivo de se parecer com um terreiro. Eram as fotos do lançamento do livro Mariow.
Enquanto ele, gentilmente mim violentava e agredia, a platéia estava atenta, talvez pela minha reação, percebi a reação de vitória e satisfação de todos, quando ele por diversas vexes passava e repassava as fotos da máquina a procura de mais alguma coisa que eu pudesse ter fotografado no terreiro.
Depois dessa sessão de agravamento, levantou e entregou a máquina ao menino e saiu para dar as noticias ao pai de santo, foi acompanhado por um grupo.
Fiquei como se nada tivesse acontecido, não dei a mínima. Mesmo estando explodindo por dentro pela afronta recebida. Fiquei onde estava fui servido e aceitei a comida que estavam distribuindo e em seguida levantei e fui procurar o motorista para retornar e no encontro lhe perguntei pelo pai de santo se ele o havia visto pois gostaria de apresentar as despedidas ao qual prontamente o motorista foi a sua procura e voltou trazendo o convite do pai de santo para que eu comparece até o local onde ele estava.
Fui La mim despedir e falamos sobre o caso ele tomando sua cerveja ofereceu ao que declinei, falamos sobre assuntos diversos, ele justificou o ato e disse que quando lhe falei, pensou outra coisa etc...etc.
Despedimo-nos e retornei para casa e durante o trajeto não abordei nada do assunto, só falei que não retornaria para a cerimônia que se daria na outra semana, respondendo ao convite da parenta que nos acompanhava.
Olha. A fotografia é um registro permanente e não há nenhum terreiro que tenha tradição de impedir a fotografia em atos públicos. O acontecimento foi uma ação deliberada, talvez por insegurança pela minha presença, por ciúme ou vingança. Nós somos antigos conhecidos da Escola de Teatro da Bahia, da Escola Técnica Federal de Sergipe e dos palcos da vida, nunca fomos amigos, mas sempre nos respeitamos e convivemos pacificamente, mesmo a distância.
As maiores cabeças do Candomblé da Bahia consideram, conhecem e respeitam Severo D’Acelino, nunca em canto algum do Maranhão a Rio Grande do Sul, fui vítima de constrangimento e de qualquer tipo de violência nas Comunidades de Terreiro a que fui convidado, visitei ou freqüentei.
Eu sei que tenho Orixá, e se ele tem, não sabe ter. Este episódio só contribuiu para mim afastar mais ainda dos devotos da Fogueira da Vaidade e dos Marmoteiros que tem medo até da sombra. Sera importante que eles coloquem avisos informando aos que ali chegarem as suas proibições. Para não constrangerem as Pesôas e aproveitem os graduados da casa para promoverem uma Oficina de Preparação Psicologica, pois ninguem quer ser vítima de desrespeito ou cliliques. Mire-se na Diplomacia e Elegancia do Axé Opô Afonjá e na simpliscidade de Mãe Stela. Um Amôr de Pessôa e é por isso que tem autoridade e é Respeitada. Okê Arô!!!
Sarava Exu.
Shango Meu Pai – Obá Mió

quinta-feira, 22 de janeiro de 2009

SECRETARIA DE COMUNICAÇÃO FINANCIA O RACISMO EM SERGIPE


A administração de Deda, não tem interesse em estabelecer Políticas Públicas para os Negros. É uma administração voltada para os acordos para a sua reeleição que não se dará. A cada dia esta administração produzem mais inimigos e conflitua em suas hostis. O chamado fogo amigo. Os negros que lá estão a discriminar os próprios negros e a organização negra, nunca foram ou se identificaram , reconheceram ou foram reconhecidos negros, são os capitães do mato, a serviço do poder contra o coletivo negro, tem o negro como ponte para o espaço de poder. São esbranquiçados, inseguros e arrogantes, tem muitos brancos que são mais negros que eles. Porque pensam e tem atitudes.É uma administração melancólica de assustados cheios de chefes, sem uma liderança si quer. Pelo sistema do autoritarismo do Mandarinato do Rei Sol.

A secretaria de estado da comunicação e o financiamento do Racismo e da Violação dos Direitos dos Negros, pela Imprensa que a cada dia cristaliza a exclusão do negro na mídia. O negro sergipano não tem acesso a mídia exemplifica Severo D’Acelino e a Casa de Cultura Afro Sergipana. Banir Severo da mídia é insultar o povo sergipano.
A secretaria é forte porque o governo é fraco, só se preocupa com elogios e esquece que o Racismo Institucional mais forte da História recente do Estado é na sua administração personalista.
Na próxima eleição, o governador vai saber o que João Alves já sabe.
Será que Albano, Valadares, Jackson, Gama e tantos outros, vão facilitar isso sem falar em Nogueira que agora procura consolidar sua”liderança” sem os entraves local. Sua expressão agora vem de fora. E depois que perder as eleições, há de perceber o quanto foi restritivo e cruel com as lideranças negras e o quanto poderia ter feito pelo coletivo negro sergipano, se governasse para todos. No dizer de OBAMA: Agente Pode.





domingo, 18 de janeiro de 2009

MANIFESTO AO GOVERNADOR MARCELO DEDA



Manifesto ao governador MARCELO DEDA.

EXCELENCIA.

Estou convencido, que o perfil de um governador democrático, não pode ser
- Arrogante, vaidoso, personalista, centralizador, autoritário, vingativo, hostil, reducionista, de visão maniqueísta, que troque o manifesto Filosófico de pensar o outro, pelo enquadramento Jurídico para penalizar seus supostos desafetos e que só goste de ser ovacionado, adulado e valorize o puxa-saquismo, punindo seus críticos, violando seus direitos, alijando do espaço de poder e das ações de Estado.

Acredito que o magistrado, deve sim, valorizar e respeitar as criticas em torno de suas ações e de sua administração, sem se preocupar em perseguir e vilipendiar os que lhes criticam, os que se sentem discriminados pelas ações do seu governo.
Acredito que como chefe ou líder de uma gestão, deve se proteger sim, dos aduladores e daqueles que só levam flores e as cabeças dos seus críticos para lhe homenagear, garantindo que estão cuidando e defendendo seu mandato.

Acredito que os críticos e as criticas são maiores e mais importantes do que os amigos de última hora, os amigos do poder. Só do poder, pois enquanto poder obter vantagens estão a fazer vassalagem e depois o esquecimento.
Os aduladores vão sempre dizer do seu fracasso e da sua insegurança, vão lhe trair como já traíram outros. Basta mirar a nossa história recente, quem eram os que estão em derredor de sua camarinha? Gosando de sua companhia e se aproveitando de seu prestigio como moeda de troca e de intrigas?

O governador sabe o que se passa nas periferias do poder? O que em seu nome fazem as pequenas autoridades? Como somos vilipendiados e excluídos das ações de Estado e de Governo. Como a imprensa nos silencia, crente que estão fazendo favores ao governador e como esta mesma imprensa é regiamente paga pelos cofres do Estado através da Secretaria de Comunicações, para prestar este desserviço ao Estado tido e havido como o mais racista do País.

Certamente sabe o engessamento que o Racismo Institucional provoca na vida da comunidade negra, principalmente quando no governo tem negros que estão sempre justificando as atitudes racistas do sistema e prejudicando as organizações e lideranças negras, que lutam por políticas publicas e melhoria de condições para o coletivo. Estes negros estão sempre se articulando para garantir seus lugares do espaço de poder, pouco se importando com o coletivo. O negocio deles é destruir os manifestos e garantir a plenitude de suas autoridades.

E assim é se assim quer, no entanto, mesmo sem espaços para reivindicar e apresentar as reivindicações do Coletivo Negro, haveremos de envidar esforços para continuar reivindicando e denunciando os Abusos, Corrupção, Traficos de Influencias, Ausência de Governo e de Estado e, sobretudo da prática hedionda do Racismo Institucional Sergipano referendado com a mídia que nos silencia, mas o Brasil não se limita a Sergipe e as aços não são estáticas. Por onde andar estarei denunciando as Questões e Condições do Negro Sergipano e o Apartheid a que somos submetidos no Estado da maior população negra do Brasil, apesar da nossa exclusão da mídia e, apesar da Secretaria de Estado da Comunicação.
Excelência. Estou convencido que Sergipe é o Estado de maior potencialidade desta Nação, só que precisamos de mudanças de Atitudes e Comportamentos e pensar mais o outro, só assim haveremos de radicalizar a democracia.

Aracaju (SE), 19 de Janeiro – Dia Estadual de Luta da Consciência Negra.


José Severo dos Santos
Coordenador Geral
Casa de Cultura Afro Sergipana