sexta-feira, 18 de julho de 2008

LANÇAMENTO: MARIÔ - O TERREIRO DE Ba' EMILIANA.







Será brevemente lançado pela Editora MemoriAfro, da Casa de Cultura Afro Sergipana, sem nenhum patrocínio Oficial e ou empresarial, o livro de Contos afro sergipano, com o Titulo MARIÔ – O Terreiro de Ba’ Emiliana de autoria de Severo D’Acelino, Coordenador Geral da Entidade e fundador do Movimento Negro contemporâneo de Sergipe.
Severo é um Ator, atoa, excluído e desqualificado pelas ações de Estado, Governos e Governadores. Ativista dos Direitos Civis, tem pautado suas atividades na defesa da comunidade negra, e se transformado em crítico ferrenho contra o Racismo Institucional e busca na Educação o resgata da cidadania da comunidade negra, lutando para que os indicadores culturais sejam incluídos na grade curricular para que os estudantes possam ter uma educação democrática e plural, onde a língua, culturas, história, filosofia, religião, tradições, arquivo humano, heróis e conjuntos de valores, sejam inseridos na formação intelectual dos estudantes. A exclusão da cultura negra e indígena da grade da educação tem lhe rendido múltiplas ações retaliativas no âmbito de sua luta e, toda sua produção intelectual tem sido para assinalar os valores que defende na luta contra o racismo e toda forma de discriminações.
A literatura, tem sido seu carro recorrente para assinalar a importância das tradições do negro sergipano através da poesia, do teatro da dança, tradição oral e agora o Conto, evidentemente assinalamos também, sua passagem pelo cinema e televisão, sempre imprimindo os costumes, tradições e forma de ação e reação do negro sergipano, no falar e nas impostações emotivas.
A instalação da literatura afro sergipana se impõem através de suas manifestações e intervenções. MARIÔ resgata o memorial do matriarcado sergipano no âmbito da religiosidade e suas manifestações tradicionais no modo de sentir e reagir do povo de santo na comunidade de terreiro, sua interação animada na divisão como fator multiplicador e relações interpessoais, grupais e comunitárias, agregando valores plurais na pluralidade do fazer dimensionado na ação da união na diversidade.
A valorização da Oralidade como símbolo de valores e identidade, mostra a esperança de uma redenção e socialização na valorização dos grupos isolados pela imposição das barreiras modernas da comunicação escrita, excluindo o gestual e a oralidade por modismo civilizatório. Severo resgata para Sergipe a tradição dos Griotts e dos contadores de estórias, arquivo vivos da memória ancestral.
Outros Contos, ,outras ações serão futuramente apresentados, num resgate do Arquivo Humano Afro sergipano. A literatura menor, de periferia, baixa e inferior como é retratada pelos esnobes da academia, é o instrumental do autor para dar continuação as denuncias do Apartheid Cultural sergipano e da importância do negro e suas tradições na sociedade sergipana.
O preço do Livro, será de cinco reais, para possibilitar que o Professor e o Estudante possam adquirir e neste sentido o trabalho será apresentado em uma cor e com posto em papel jornal, por ser mais barato e ecológico. O livro trará três adendos: De quem é o Terreiro ? Intolerância e Maria Emilia dos Santos. Vale apenas esperar e participar dos lançamentos itinerantes.