domingo, 20 de julho de 2008

ARQUIVO HUMANO REVISITADO POR SEVERO D'ACELINO. Nota da Editora MemoriAfro.




Nota da Editora MemoriAfro.


ARQUIVO HUMANO – REVISITADO

O ARQUIVO HUNANO AFRO SERGIPANO – através das narrativas lineares e breves de Severo D'Acelino é revisitado tendo como base a expressão de sua atuação positiva, levantada pela imaginação do autor que busca no transporte difundir o conjunto de suas manifestações e idéias, com ritmos, tensões e conflitos através da dramaticidade em flashback, sem, contudo fugir da psicologia dos seus personagens nem as motivações dos episódios narrados.

O manifesto permite a multiplicidade de interpretações e referendus históricos estoriados, fundamentos da tradição oral que se manifestas em todos os níveis das relações e comunicações humanas, gerando emoções e conflitos.

A memória coletiva detém infindáveis informações que se expressão através dos sentimentos, denunciando as ações manifestadas por reproduções de imagens diversas, capazes de ferir, atenuar ou cristalizar sentimentos negativos e ou positivos conforme a interpretação que se da aos fatos.

A oralidade tem diversas manifestações em uma única expressão que pode gerar ou não, conflitos e emoções diferentes.

As narrativas encontram alvos nos diversos líderes que em Sergipe de influência africana, produziram grandes feitos mesmo diante das adversidades de um território contrário as manifestações negro-africana, detentores de valores etnocêntrico, fundamentados pelos portugueses, sem no entanto lhes oferecer o conjunto destes espaços ao condutor europeu.

O conjunto organizado de idéias, saberes tradicionais e culturais, marcam profundamente as narrativa com desdobramento em diversos níveis do conteúdo histórico, organizacional das Tradições Africanas em Sergipe e seu Arquivo Humano.

Os Contos buscam assinalar episódios dos personagens centrados na narrativa, com cenários reais e pictóricos da territorialidade espacial onde o personagem conviveu e os fatores que os cercaram na trajetória narrada, revivendo mesmo que paralelamente, manifestos de episódios que possam emprestar dramaticidade e sentimentos a inspiração e o entusiasmo da criação rítmica da imaginação do autor num relato oral e tradicional de contornos verossímeis e também ocorrendo dentro do maravilhoso e do sobrenatural.

Seus conto são narrativas curtas. O tempo em que se passa é reduzido e contém poucas personagens que existem em função de um núcleo. É o relato de uma situação que pode acontecer na vida das personagens, porém não é comum que ocorra com todo mundo. Pode ter um caráter real ou fantástico da mesma forma que o tempo pode ser cronológico ou psicológico.

Permeia o realismo fantastico, povoado de magia, mitos e relatos é uma narrativa onde a o epsódio se passa entre acontecimentos históricos, ou mais geralmente, no qual o memorial e tempo de acção se intercala no relato, emprestando o ton de realismo fantástico, induzindo o leitor a interação no preenchimento das elipses narrativas e entender a história por traz da história contada numa ação minimalista
Em seus relato oral e tradicional de contornos verossímeis e também ocorrendo dentro do maravilhoso e do sobrenatural. Pode mencionar fatos possíveis. O conto é de importância capital como expressão da psicologia coletiva no quadro da literatura oral de um grupo, principalmente o negro sergipano, excluido e marginalizado pelas ações das intolerâncias institucionais.
As suas diversas modalidades, os processos de transmissão, adaptação, narração, os auxílios da mímica, entonação, o nível intelectual do auditório, sua recepção, reação e projeção, determinam o valor supremo como um dos mais expressivos índices intelectuais populares.
O conto ainda documenta a sobrevivência, o registro de usos, costumes e fórmulas jurídicas esquecidas no tempo. A moral de uma época distante continua imóvel no conto que ouvimos nos nossos dias.

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