sexta-feira, 1 de maio de 2009

DEPREDAÇÃO DA SEDE - POR TRAFICANTES E DROGADOS










CASA DE CULTURA AFRO SERGIPANA
ÁREA DE VIVÊNCIA SOCIAL
ODILIA D’ACELINO
COORDENAÇÃO GERAL
Rua JANE BOMFIM -1252 – SANTOS DUMONT (324-5936 ) 49.089-320-Aracaju-Sergipe


LEVANTAMENTO PRELIMINAR DOS ARROMBAMENTOS E INVASÕES DA SÉDE:

Histórico:

Após o falecimento das Diretoras: Administrativa e do Patrimônio, Maria Emilia dos Santos e Maria de Lourdes Santos, enquanto o Conselho Cultural era sediado no Siqueira Campos, com os serviços de construção das salas de aulas do Centro de Pedagogia Afro Sergipana, o prédio do Santos Dumont foi sistematicamente arrombado e invadido pelo vizinho, roubando, depredando e ocupando a área para prática de ilícitos, onde as drogas prevaleciam.

Por diversas vezes foi prestado Queixa na Delegacia do Bairro e na do Bugiu, bem como chamada a Policia, que em lá chegando não evidenciava nada, tendo os criminosos se evadidos para logo em seguida, voltarem a praticar os roubos e depredações com requintes de perversidade, certos da impunidade, tendo em vista que apontava para o irmão mais novo a prática dos roubos por entender que a sua menor idade, lhes davam impunidades.

Enquanto isso, a Gangue aumentava e as invasões e os roubos também, visto serem além de viciados na maconha e no craque, eram também fornecedores, uma vez que na sua casa era negociadas e consumidas as drogas. Uma Boca de Fumo entre as demais na localidade, sendo que lá era mais freqüentada pela facilidade de consumo no local.

Todos da vizinhança têm conhecimento e calam. Sabem e vêem as ações criminosas da Gangue de Maria Nova, formada por seus filhos, netos, nora e liderada pelo mais velho e sua mulher que nos conflitos internos é substituído pelo irmão BUIA. Esta Gangue é composta de PIO, BUIA, JORGINHO,MARLI( a mulher de PIO) TITA e NOVINHO (este está na Penitenciaria, no lugar da Marli, sua cunhada), além de outros elementos, inclusive um tal PASTOR.

Às vezes em que fui, falar com PIO o responsável pelos irmãos, ele dizia que não tinha nada com isso e que eu fosse falar com “eles”, se referindo aos irmãos e pedindo que eu fosse buscar a policia para botar eles na cadeia e fazer eles dizer a quem vendeu e a sua mulher Marli, sempre assinalando que não tinha nada com isso e, se a Policia prendesse o marido dela, ela iria abrir a boca e apontar todos eles.

As ações da Gangue, foi estimulada por moradores do local e também pela minha sobrinha que, perversamente, desligava a força de luz, facilitando a investida dos criminosos.

A Gangue destelhou a própria Casa e começou a vender as telhas, madeirames e tijolos. No ato, derrubou o muro da Casa de Cultura, facilitando a invasão, Informado foi acionado a Policia e no local, buscamos reparar a depredação e concertar o muro. Foi colocado pedreiros para fazer o serviço, mas eram na minha ausência, ameaçados. Diversos trabalhadores contatados desistiram de fazer o serviço, com medo da Gangue.

Tentamos comprar o terreno, mas o preço pedido foi alto e desistimos, pelo preço que oferecemos, foi vendido a outra pessoa( tido traficante e dizem que foi paga menos de 30 por cento em espécime e o resto de droga. Este mesmo elemento, já adquiriu diversos prédios no local, usando o mesmo expediente e dizem, comanda as bocas de drogas do local). O crime mais recente foi o roubo da Caixa d’água que fizeram, retirando a caixa do terceiro andar e após perceber a presença da Policia, soltaram e se evadiram, a caixa foi recuperada mais quebrou. Ela seria vendida ou trocada por droga.

A característica da comunidade é de medo e participação silenciosa, uma vez que compra o que se rouba do vizinho e isso fortalece o roubo no local.

Interrompi as ações na sede do Siqueira Campos, para ocupar o prédio do Santos Dumont e recuperar os estragos para impedir que o prédio viesse abaixo e continuasse a ser “Quartel dos Drogados” tendo em vista de ter sido ocupado pela Gangue de Maria Nova, agora Sem Teto e se apropriou do local, impedindo qualquer aproximação de quem quer que fosse lá e, como o prédio oferece visão estratégica, nunca eram flagrados pela Policia.

A minha presença é uma presença de risco, porque impede a ação criminosa no local e no entorno da Entidade e por isso, sou sistematicamente hostilizado, mesmo que silenciosamente, constantemente apontado e o prédio diuturnamente assediado para invasões. Passo o dia com os trabalhadores e a noite de vigília e neste processo desgastante, sofro constantemente por não ter mais saúde e resistência para ficar nesta ação sem ajuda, pois quando percebe que não estou na área, fazem todo tipo de ações intimidatorias.

O Levantamento preliminar do que foi roubado:
-pia inox 02
-Portas de madeira 02
-mesas de reuniões 03
-cadeiras de rodas 02
-telefones 04
-TVs 02
-videocassete 01
-fitas cassetes(material de pesquisa)45
-fitas VHS (material de pesquisas) 72
-luminárias 22
-vasos sanitários 04
-máquinas de datilografias 05
-máquinas eletrônicas 03
-ferro elétrico 01
-arquivos de ferro 06
-armários de ferro 02
-portões de ferro 16*
-grades de ferro 22*
-basculantes de ferro 16
-cadeiras de ferro 180
-poltronas 04
-sofás 03
-cadeiras funcionais 08
-bureaux 08
-estandes de ferro 06
-rádios 03
-colchões 02
-strado de cama 01
-lanternas 04
-caixa de som 02
-microfones 08
-pedestais de microfones 06
-companhias 03
-cadeados 22
-ventiladores 04
-cadeiras comuns 16

Na primeira invasão, os espaços da Entidade ficaram cheios de documentos e livros espalhados por todo lado. Esse material precariamente foi colhido e recolhido para o Barracão do IYLE ASHE OPÔ AIYRÁ e aos pouco, enviados para o Siqueira Campos. Muito documento foi perdido. A maioria das depredações foi registrada em fotos, como uma memória aterrorizante.

Este documento foi redigido, na manhã do primeiro dia de Maio de 2009, por mim, José Severo dos Santos – Coordenador Geral , com o propósito de referendar informes ás autoridades dos Poderes do Estado.



Aracaju, 01 de maio de 2009.











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